cover
Tocando Agora:

Polícia investiga jornalista de AL por estelionato em venda de ingressos para eventos de carnaval no Nordeste

Ela é suspeita de vender ingressos para eventos privados em Olinda, Recife e Salvador. Estimativa é que mais de 100 pessoas devem ter sido lesadas. Defesa diz...

Polícia investiga jornalista de AL por estelionato em venda de ingressos para eventos de carnaval no Nordeste
Polícia investiga jornalista de AL por estelionato em venda de ingressos para eventos de carnaval no Nordeste (Foto: Reprodução)

Ela é suspeita de vender ingressos para eventos privados em Olinda, Recife e Salvador. Estimativa é que mais de 100 pessoas devem ter sido lesadas. Defesa diz que será feito o ressarcimento das vítimas. Polícia investiga jornalista por estelionato em venda de ingressos de eventos de carnaval A Polícia Civil investiga uma jornalista suspeita de estelionato ao vender e não entregar ingressos para eventos privados para o carnaval em Olinda, Recife e Salvador. Mais de 20 boletins de ocorrência foram confeccionados contra a jornalista e cerca de 100 pessoas devem ter sido lesadas pela prática. O montante do prejuízo ainda não foi divulgado. A polícia informou, durante uma entrevista coletiva, que abriu um inquérito nesta sexta-feira (7) para investigar as denúncias. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 AL no WhatsApp Jornalista é suspeita de aplicar golpes com venda de ingressos para o carnaval Reprodução/Redes Sociais Se confirmado, a pena por estelionato, de acordo com o Código Penal, estabelece que a pessoa pode ser punida com até cinco anos de prisão. O crime é caracterizado pelo ganho de vantagem em razão do prejuízo alheio. Em entrevista ao g1 AL, o advogado da jornalista disse que será feito o ressarcimento às vítimas. Segundo ele, a jornalista atuava como uma espécie de intermediária entre as empresas e os foliões que adquiriram os ingressos e os abadás para o carnaval. "Vai ser feito o ressarcimento para as pessoas que foram prejudicadas. Está sendo feito um levantamento de quem pagou e não recebeu. Ela fazia uma ponte com as empresas e os ingressos não chegaram. O dinheiro que foi pago a ela foi repassado para essas empresas. Também estamos em contato com elas", disse Carlos Eduardo Carvalho. O caso está sendo investigado pelos delegados João Marcello e Igor Diego, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO). Durante entrevista coletiva, os delegados afirmam que em cada Boletim de Ocorrência pode ter mais de uma vítima. "Somando esses números, não chegamos a 50 vítimas, mas já apuramos que diversas pessoas ainda não procuraram a delegacia para registrar esse Boletim de Ocorrência, na esperança que esse problema fosse resolvido", explica o diretor da DRACCO, o delegado Igor Diego. O delegado João Marcello explicou que todos os boletins serão centralizados na DRACCO e que as vítimas devem começar a ser ouvidas a partir da próxima segunda-feira (10). "Quem não fez o B.O. a gente orienta que procure a DRACCO, no Benedito Bentes. Todos serão ouvidos, todas as documentações serão analisadas, comprovantes de pagamentos, pix, transferências bancárias e, interrogaremos a suspeita para saber o que ela vai falar sobre o caso", conta João Marcello. A polícia informou ainda que todas as vítimas que registraram o boletim de ocorrência são de Maceió, mas não descarta a possibilidade de haver vítimas em Recife e Salvador. A suspeita trabalhava recebendo os valores nas contas dela, além de utilizar uma maquineta de cartão que está na conta da sobrinha dela. "Ela é uma pessoa bem conhecida no meio, não é uma pessoa que chegou agora. Sempre teve uma boa relação e infelizmente tudo isso aconteceu. Mas nós estamos aqui para investigar e dar resposta para as possíveis vítimas", disse o delegado Igor Diego. Denúncias A reportagem do g1 teve acesso a alguns prints de clientes que compraram o voucher, uma espécie de vale que garante a compra de algo ou de algum serviço, com a suspeita. Em um deles, a pessoa afirma à suspeita estar preocupada com a situação. “Estou preocupada, tem alguma chance de dar problema como da semana passada? A minha preocupação maior é o Rodrigo, porque todo ano ele sai nesses blocos, vai ser triste se der algum problema. O Rodrigo me informou que o amigo dele também não recebeu a camisa [do evento] de Recife”, conta a pessoa. Em outra mensagem, a mesma pessoa questiona o que está acontecendo, e afirma que já estava a caminho de Salvador, mas que não tinha recebido os vouchers. “O que está acontecendo? Porque passei a semana esperando esses vouchers e o pix, e até agora nenhum dos dois, e a gente já tá no caminho de Salvador”, relata a pessoa a pedir uma atualização sobre a situação. Um dos prints mostra que uma pessoa, que também realizou uma compra com a suspeita, pedindo para ela atender ao telefone e afirmando que está “tentando evitar que as meninas vão à delegacia” e que se ela não responder, não vai conseguir “ajudá-la nessa [situação]”. Como garantia, a pessoa ainda pediu que a suspeita mandasse a localização dela indo para Recife, para amenizar a situação com outras supostas vítimas. Em uma das mensagens que a jornalista respondeu, ela afirma que irá mandar o contato da empresa responsável pela venda dos abadás e que, após tomar um banho, mandaria as informações necessárias. Apesar disso, nos prints que obtivemos, não há o nome ou o contato dessa empresa. Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL